quarta-feira, 2 de junho de 2010

Tic-tac




O tic-tac do relógio não condiz com as minhas horas.
Eu poderia estar aí enquanto o sol não nasce,
pra poder fazer aquilo que a lua guarda em segredo...

Poderia ser teu sol, à meia noite...
Ou quem sabe até do abismo
pular, só pra te encontrar
na descida que nunca acaaaaaba...

Ter no ar dos meus pulmões o desejo de parar.
E no brilho dos meus olhos
O caminho a seguir.
Eu poderia simplesmente deixar de ser eu,
quando tudo o mais aqui parece ser você.

E nessa de fingir existir,
simplesmente desistir.

Me faltam palavras, me sobram desejos
de talvez dizer o que ninguém pergunta...
Mas que está aqui, enroscado na garganta
esperando o momento de sair e matar
tudo o mais que não seja real.

Se eu pudesse ser eu hoje,
Seria menos fictícia...
Ou quem sabe ser eu é real demais pra poder ser?

04/04/2010)

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